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Banco de Sangue de Cordão Umbilical: como funciona o banco de uso público e o banco de uso familiar

Banco de Sangue de Cordão Umbilical: como funciona o banco de uso público e o banco de uso familiar

O sangue do cordão umbilical é uma fonte importante de células-tronco hematopoiéticas, essenciais para o tratamento de doenças como leucemia, mieloma múltiplo, síndrome mielodisplásica e aplasia da medula óssea.  Por esse motivo, o armazenamento desse material em um Banco de Sangue de Cordão Umbilical vem se tornando uma prática muito popular. Além disso, é importante para o sistema de saúde brasileiro.  

No artigo a seguir, entenda melhor o que é um Banco de Sangue de Cordão Umbilical. Como ele funciona e quais são as diferenças entre o serviço público e o oferecido pela iniciativa privada. 

O que é um Banco de Sangue de Cordão Umbilical 

Um Banco de Sangue de Cordão Umbilical é especializado no armazenamento dessas células por intermédio da técnica de Criopreservação. Após o nascimento do bebê, coleta-se cerca de 70ml a 100ml de sangue do cordão e da placenta. E, após ser processado em laboratório, é congelado para o caso de haver necessidade de uso no futuro. Não existe risco algum para a mãe ou para a criança durante o processo de coleta.  

O que são células-tronco 

As células-tronco são responsáveis pela origem e pelo desenvolvimento de todas as outras células no corpo humano. Elas se diferenciam das demais por sua capacidade de reprodução. Podendo produzir duas células idênticas, além de  se transformarem em outros tipos de células, compondo órgãos e tecidos.  

As células-tronco presentes no sangue do cordão umbilical são chamadas de “células progenitoras hematopoiéticas” e incumbidas da formação das principais células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.  

Banco de Sangue de Cordão Umbilical público 

Um Banco de Sangue de Cordão Umbilical público é financiado pelo Estado, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O banco é abastecido via doações, e os materiais armazenados são utilizados conforme a necessidade e a compatibilidade de outros pacientes.  

A doação é feita mediante a autorização dos pais do bebê de forma completamente confidencial. A criança poderá utilizar o material coletado no futuro, se for necessário, caso ele ainda não tenha sido usado.  

A grande vantagem é que as células do banco público estão disponíveis de forma quase imediata se houver compatibilidade. Isso acelera o tratamento, uma vez que não há a necessidade de identificar um doador de medula-óssea e fazer a coleta, como ocorre em muitos casos de doação de células-tronco hoje em dia.   

Como funciona a doação das células-tronco 

É válido ressaltar que não é qualquer hospital que está apto à coleta de doações do sangue do cordão umbilical. Por isso, há necessidade de um planejamento prévio para entrar em contato com uma maternidade credenciada na Rede BrasilCordresponsável pelos bancos públicos nacionais.  

Além disso, exige-se da gestante que tenha interesse em doar o sangue do cordão umbilical  idade superior a 18 anos, estar com mais de 35 semanas de gestação no momento do parto e não apresentar histórico médico relacionado a doenças como câncer, anemias ou outras doenças hematológicas.  

Banco de Sangue de Cordão Umbilical familiar 

O Banco de Sangue de Cordão Umbilical familiar parte de uma iniciativa privada. Ou seja, os pais da criança contratam o serviço de Criopreservação para uso em situação de necessidade de transplante de medula óssea no bebê ou no familiar de primeiro grau. O processo de coleta é bastante similar; o que realmente muda é a autorização de uso das células-tronco hematopoiéticas congeladas. 

Como funciona o armazenamento familiar de células-tronco 

Em um armazenamento de caráter privado, o material coletado é de uso exclusivo da criança. As células-tronco hematopoiéticas também podem ser utilizadas por um parente direto (pai, mãe ou irmãos), mediante autorização do dono das células ou seu responsável legal, caso ele seja menor de idade.  

Por fazer parte de uma iniciativa privada, é necessário um investimento financeiro para o congelamento e a coleta do sangue do cordão umbilical. Custa em média R$ 600 anuais para o armazenamento e R$ 2.500 para a coleta.  

Banco privado x banco público 

A principal diferença entre os dois serviços envolve o investimento financeiro e o direito de uso das células-tronco congeladas. No sistema público, a coleta é gratuita, e qualquer paciente com necessidade e compatibilidade comprovada pode lançar mão das células-tronco armazenadas para tratamento, não havendo a garantia de que o doador possa usá-las no futuro. Já o Banco de Sangue de Cordão Umbilical privado garante que o uso seja feito apenas pelo doador, que possui 100% de compatibilidade com o material coletado, ou por um familiar próximo. 

Agora que você descobriu as diferenças entre o Banco de Sangue de Cordão Umbilical público e o privado, saiba tudo o que deve considerar na hora de escolher um serviço de Criopreservação de Células-Tronco. 

Por daniel.assuncao

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