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Linfoma de Hodgkin: entenda o que é, como se prevenir e qual é o tratamento

Linfoma de Hodgkin: entenda o que é, como se prevenir e qual é o tratamento

Também conhecido como “Doença de Hodgkin”, o Linfoma de Hodgkin se desenvolve no sistema linfático, que apresenta ação importante para nossa imunidade. Ele é constituído por linfonodos ou gânglios e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e também por vasos linfáticos, os quais realizam a condução dessas células de defesa através do corpo.   

Na maioria dos casos, o linfoma se desenvolve nas regiões do pescoço e do tórax. A doença é mais comum em adolescentes e adultos entre 15 e 39 anos e idosos com mais de 75 anos, sendo mais frequente em homens. Atualmente, estima-se que milhares de pessoas são diagnosticadas anualmente no Brasil com Linfoma de Hodgkin.  

Tipos de Linfoma de Hodgkin  

De modo geral, é classificado em dois subgrupos de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Linfoma de Hodgkin clássico, que se subdivide em quatro subtipos (esclerose nodular, celularidade mista, depleção linfocitária e rico em linfócitos), e Linfoma de Hodgkin, com predomínio linfocitário nodular. O mais comum é o subtipo esclerose nodular, responsável por 60% a 80% dos casos. O segundo subtipo mais comum é o de celularidade mista, que ocorre em grande parte dos casos em idosos.    

Os outros dois subtipos são mais raros e apresentam diagnóstico, em geral, mais tardio.  

Causas do Linfoma de Hodgkin  

O Linfoma de Hodgkin se desenvolve a partir da mutação dos linfócitos, que se transformam em células malignas e se multiplicam nos gânglios e nos vasos do sistema linfático, criando massas e ocupando espaço onde células saudáveis deveriam estar. No entanto, ainda não há conhecimento da causa específica que engatilha o surgimento das células cancerígenas que originam o Linfoma de Hodgkin.  

Sintomas do Linfoma de Hodgkin  

Dentre os sintomas gerais do Linfoma de Hodgkin, podemos elencar:  

  • aumento e inchaço dos linfonodos  
  • perda de peso  
  • suores noturnos  
  • febre  
  • cansaço  
  • coceira no corpo  

 

Dependendo da região em que o linfoma se desenvolver, é possível que o paciente tenha outros sintomas, como tosse e falta de ar, quando localizado na região do tórax, ou desconforto e distensão abdominal, quando originado na pelve e no abdômen.  

A importância da detecção precoce do Linfoma de Hodgkin   

Por se tratar de um câncer, o diagnóstico precoce do Linfoma de Hodgkin é essencial a fim de aumentar a eficácia do tratamento e, consequentemente, ampliar a possibilidade de cura. Afinal, quanto mais tardio o diagnóstico, mais complexo é o combate às células cancerígenas e mais agressiva a quimioterapia precisa ser.   

Como é realizado o diagnóstico do Linfoma de Hodgkin  

O diagnóstico do Linfoma de Hodgkin começa com o exame físico, no qual o médico vai procurar por possíveis inchaços nos linfonodos. Caso haja suspeita, o profissional de saúde solicitará alguns exames, com o intuito de verificar a possibilidade de câncer. Com a hipótese confirmada, outros exames serão solicitados, como os de imagem, que permitem localizar os tumores no organismo. A etapa final, também considerada obrigatória para um diagnóstico correto, é a biópsia, na qual um pequeno pedaço do tumor é retirado e analisado em laboratório.   

O diagnóstico final não só confirma o Linfoma de Hodgkin, como também classifica o subtipo e em qual dos quatro estágios se encontra o desenvolvimento do tumor:  

  • Estágio I: o linfoma está em estágio inicial, em apenas em um linfonodo ou em um órgão específico.  
  • Estágio II: o câncer ainda está em apenas uma região do corpo, porém já atingiu outros tecidos e nódulos.  
  • Estágio III: o linfoma  está em outras regiões do corpo, em órgãos, tecidos e linfonodos.  
  • Estágio IV: o tumor não se encontra apenas no sistema linfático, mas também no pulmão, nos ossos e até mesmo na medula. É o estágio mais grave e avançado da doença.   

Possíveis tratamentos para Linfoma de Hodgkin  

O tratamento do Linfoma de Hodgkin tem como foco matar as células cancerígenas o mais rápido possível, para que o paciente possa entrar em remissão. Para isso, geralmente se recomenda a quimioterapia, que pode ser aliada também à radioterapia, dependendo do curso de tratamento definido pelo médico e do estágio e subtipo da doença. Em pacientes com estágio avançado, o transplante de medula óssea pode também ser necessário.  

Em grande parte dos casos, quando o tratamento é realizado de forma adequada, o Linfoma de Hodgkin tem cura. Estima-se que 90% das pessoas nos dois primeiros estágios da doença sobrevivem. E, mesmo nos estágios mais avançados, a taxa de sobrevivência tende a ser acima de 70%.   

Complicações que podem ocorrer durante o tratamento  

As principais complicações durante o tratamento do Linfoma de Hodgkin estão relacionadas ao uso prolongado da quimioterapia, que pode provocar infertilidade, problemas cardíacos ou pulmonares, leucemia ou outros tipos de câncer e distúrbios na glândula da tireoide. Durante o tratamento, também é preciso estar atento a hemorragias, anemia e também infecções que podem agravar e prejudicar o tratamento. Isso porque a imunidade do paciente em si já se encontra fragilizada.   

Dessa forma, é fundamental que o paciente tenha uma rede de apoio bem estruturada que o auxilie no decorrer do tratamento contra o Linfoma de Hodgkin, como também se informe sobre os cuidados que devem ser realizados durante esse período.   

Se você foi diagnosticado ou conhece alguém com o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, informe-se também sobre os preparos necessários antes de iniciar um tratamento com quimioterapia.  

Por daniel.assuncao

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