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Mioma uterino: o que é e quais são os impactos na saúde da mulher

Mioma uterino: o que é e quais são os impactos na saúde da mulher

O mioma uterino é uma das condições ginecológicas mais comuns em mulheres em idade reprodutiva. Geralmente, essa alteração no útero não causa problemas graves, mas a atenção a esse tumor benigno é fundamental para a saúde feminina.

Acompanhe este conteúdo e descubra como é o mioma no útero e quais são os impactos na vida da mulher. Aqui, você verá quais são as causas, os sintomas, os tratamentos e os diagnósticos do mioma uterino.

Boa leitura!

O que é o mioma uterino?

Imagem mostra como o mioma uterino se desenvolve
O mioma uterino é uma massa de tecido muscular que surge de forma desordenada no útero

O mioma uterino é uma massa de tecido muscular que surge de forma desordenada no útero feminino. Trata-se de um tumor benigno, no qual as células musculares crescem de maneira anormal, mas com baixíssimo risco de se espalharem (metástase) e comprometerem outros órgãos.

Também conhecido como fibromas ou leiomiomas, essa é uma das condições ginecológicas mais comuns entre as mulheres em idade reprodutiva, principalmente as que estão na faixa etária que varia entre os 30 e 50 anos.

O mioma no útero pode ter diversos tamanhos, quantidades e localizações no órgão feminino. Na maioria das vezes, aparecem pequenos nódulos assintomáticos que regridem naturalmente. Em algumas situações, entretanto, eles podem atingir grandes dimensões, necessitando de intervenção médica para não comprometer a saúde da mulher.

Qual é a diferença entre mioma, cisto e pólipo?

Os miomas, pólipos e cistos são doenças ginecológicas bastante comuns e com muitas semelhanças. Ambos são considerados tumores benignos e causam sintomas parecidos, mas possuem diferenças relacionadas ao aspecto e à localização do tumor.

Os pólipos se caracterizam por alterações celulares na região do endométrio, ou no colo do útero, enquanto os miomas se desenvolvem nas paredes do órgão ou próximo ao endométrio. Já os cistos ocorrem no ovário e se apresentam como pequenas bolsas de líquido.

Os cistos são mais comuns em jovens, enquanto os miomas e pólipos predominam em mulheres a partir dos 40 anos.

Quais são as causas do mioma?

Algumas doenças podem ser desenvolvidas no útero, como o mioma uterino
Algumas doenças podem ser desenvolvidas no útero, como o mioma uterino

Ainda não há uma resposta precisa sobre todas as causas do mioma uterino. No entanto, é consenso que alterações hormonais, principalmente do estrógeno e progesterona, impactam no surgimento dessa condição. O aumento da progesterona, durante o começo da gestação, pode fazer com que muitas mulheres sintam sono na gravidez.

Quanto maior o nível desses hormônios, maior a probabilidade de os miomas aparecerem e aumentarem de tamanho. Já os níveis baixos de estrógeno e progesterona se relacionam com a diminuição dos miomas do útero, o que faz essa condição ser menos comum em mulheres na menopausa.

Além disso, questões genéticas também estão ligadas à maior propensão aos miomas. Assim, mulheres com mães e irmãs que desenvolveram essa condição têm mais chance de também terem esse quadro. Segundo a publicação Etnicidade na América Latina: um debate sobre raça, saúde e direitos reprodutivos, em especial o capítulo 14 — Saúde reprodutiva, etnicidade e políticas públicas no Brasil, escrito por Fátima Oliveira, a predisposição ao mioma uterino também é maior em mulheres negras.

Como o mioma impacta o organismo da mulher?

Miomas uterinos podem provocar uma série de alterações no corpo feminino. A doença é capaz de interferir no ciclo menstrual, na gravidez, no sistema excretor, entre outros. Veja quais são as principais manifestações:

Mudanças no fluxo menstrual

A presença de miomas interinos pode aumentar a duração do período menstrual da mulher. O fluxo sanguíneo costuma ser maior nessas situações, o que pode desencadear anemia e gerar quadros de fraqueza, fadiga, etc.

Desconforto no abdômen

Os miomas uterinos podem causar dores ou sensação de pressão na região do abdômen. O desconforto varia entre frequente e intermitente, com sintomas leves ou intensos.

Constipação

Dependendo do tamanho do mioma, eles podem pressionar o intestino e dificultar a passagem do fluxo digestivo. Com isso, a mulher com mioma pode ter prisão de ventre.

Alterações urinárias

Os miomas também são capazes de comprimir a bexiga e alterar o fluxo urinário natural. Desse modo, a mulher pode ter mais vontade de urinar ou ter incontinência urinária. A avaliação médica é muito importante para esses sintomas não se confundirem com o quadro de infecção urinária.

Infertilidade ou problemas na gravidez

Com um mioma instalado no útero, o óvulo fecundado pode ter dificuldades em ser implantado no órgão. Com isso, há maiores riscos de aborto espontâneo, infertilidade ou problemas subsequentes na gravidez.

Distensão abdominal

Se o mioma estiver muito grande, é possível que o espaço ocupado pelo tumor no útero faça o abdômen inchar. Essa condição, porém, é bastante rara de acontecer

Formas de tratamento

Mulher analisa a bula de remédio que precisa tomar para tratar o mioma uterino
Um dos tratamentos para o mioma uterino é a ingestão de remédios orais

Há inúmeras formas de tratar um mioma uterino. As alternativas dependem de fatores como a progressão do mioma, a idade da paciente, seu histórico de saúde, entre outros. Dessa maneira, cada mulher terá uma abordagem única para o tratamento do mioma conforme a recomendação médica.

Entre os principais tratamentos contra o mioma, podemos citar:

Uso de medicamentos orais

A utilização de fármacos é uma alternativa bastante comum para combater os sintomas do mioma ou controlar o tamanho deles.

Uma opção são os medicamentos agonistas do hormônio liberador de gonadotrofinas, que atuam para bloquear temporariamente a produção hormonal. Na prática, é como se a mulher entrasse na menopausa durante certo período, interrompendo a síntese de estrogênio e o fluxo menstrual. Com esse tratamento, os miomas tendem a regredir.

Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides também são bastante utilizados para aliviar sintomas da cólica menstrual, os quais costumam ser mais agressivos em mulheres com miomas. Se a paciente tiver muito sangramento, a suplementação de ferro também pode ser indicada.

Terapia intrauterina

Em certos casos, a liberação de progestagênios por meio da introdução de um dispositivo intrauterino (DIU) é uma alternativa de tratamento. Esse tipo de medicamento atua na redução de sangramentos intensos provocados pelos miomas uterinos.

Embolização

Nesse procedimento, o médico introduz um cateter na virilha da paciente e injeta pequenas partículas nas artérias ligadas ao mioma. Sem a chegada do sangue, o mioma deixa de se desenvolver, aliviando os sintomas.

Considerada um tratamento minimamente invasivo, a embolização não interfere na fertilidade da mulher.

Miomectomia

A miomectomia é a remoção dos miomas através de procedimento cirúrgico. Geralmente, esse tratamento é indicado quando os medicamentos não surtem o efeito desejado e/ou os miomas estão muito grandes e numerosos.

Há diferentes abordagens cirúrgicas para a miomectomia, como histeroscopia (sem a necessidade de incisão abdominal), laparoscopia (cortes minimamente invasivos) ou cirurgia robótica ou laparotomia (corte abdominal, como na cesárea).

Dependendo do sucesso da miomectomia, a mulher permanece com o útero saudável e pode engravidar.

Histerectomia

Esse procedimento cirúrgico diz respeito à remoção do útero. Trata-se de um tratamento mais complexo e que demanda maior tempo de recuperação da paciente. Por isso, costuma ser indicado apenas em casos em que os sintomas do mioma comprometem significativamente a saúde da mulher.

Exames capazes de identificar o mioma

Existem diferentes tipos de exames capazes de diagnosticar miomas uterinos. Conheça os métodos de diagnóstico mais comuns:

Histeroscopia

Um instrumento chamado histeroscópio (uma espécie de tubo com uma câmera acoplada) é inserido no canal vaginal, possibilitando a visualização da cavidade uterina. Esse método identifica miomas localizados na parede interna do útero e possibilita, se necessário, a realização da biópsia.

Ultrassonografia pélvica

A ultrassonografia é um instrumento muito utilizado na medicina para a visualização dos órgãos internos do paciente. Através de ondas de alta frequência, é possível mapear em tempo real o útero, ovários e endométrios para identificar miomas e outras alterações.

Esse exame pode ser realizado com o aparelho por cima do abdômen ou de forma transvaginal, quando o instrumento é inserido no canal vaginal da mulher.

Ressonância magnética da pelve

Esse é o exame para identificar mioma mais preciso que existe. Através de campos magnéticos e ondas de rádio, é gerada uma imagem detalhada do útero. Desse modo, é possível identificar a localização exata, a quantidade e o tamanho dos miomas e outras alterações uterinas.

Por fim, vale frisar que esse cuidado é para as mulheres, mas os homens também precisam preservar a saúde. Afinal, nódulos testiculares podem acarretar diversos problemas a eles.

O que achou do nosso post sobre mioma uterino? Confira no blog do Criovida outros temas relacionados ao assunto. Faça acompanhamento com o seu médico e preze pela sua saúde e bem-estar. E não se esqueça que estamos aqui, também, para zelar pelo seu futuro!

Por Ana Barbosa

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