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Toda amostra de sangue é viável para a criopreservação?

Toda amostra de sangue é viável para a criopreservação?

Um material nobre. O sangue da placenta e do cordão umbilical é rico em células-tronco  hematopoiéticas, cujo uso em tratamento é considerado um dos grandes avanços da medicina nos últimos anos pois, especificamente, conseguem dar origem a outras células sanguíneas, o que faz delas um material biológico precioso para o tratamento de doenças do sangue.  

Isso é possível por meio de uma técnica chamada criopreservação, que consiste no congelamento, a baixíssimas temperaturas, de células, tecidos e órgãos, com o objetivo de que a atividade celular seja interrompida por muitos anos. Assim, ao serem descongelados, eles terão as mesmas características de quando foram congelados e podem ser utilizados em tratamentos e transplantes no futuro. Com isso, pode substituir células e tecidos danificados ou perdidos em decorrência de doenças. 

Mas, será que toda amostra de sangue do cordão umbilical e da placenta é viável para a criopreservação? Entenda essa questão no post a seguir e sane outras dúvidas a respeito dos procedimentos.  

 

Como é feita a coleta de sangue com células-tronco do cordão umbilical e da placenta? 

A coleta do sangue do cordão umbilical e placentário é feita logo após o parto, de um a três minutos após a clampagem do cordão umbilical pelo médico obstetra. Com isso, o processo não apresenta riscos para a saúde da mãe ou do bebê, já que é realizado somente com a autorização do obstetra e do pediatra após o procedimento final do parto, coletando sangue do cordão e da placenta que seria descartado.  

Em seguida, o material é processado e segue para o congelamento, em si, ou seja, para sua criopreservação. Essa amostra de sangue pode ser mantida congelada por muitos e muitos anos, até a eventual necessidade de seu proprietário – no caso, o bebê. Caso haja a necessidade de uso, as células criopreservadas passam por descongelamento e infusão no centro transplantador  

O que você precisa saber sobre criopreservação 

Toda amostra de sangue coletada na coleta é viável para a criopreservação? 

Então, basta coletar o sangue do cordão umbilical e da placenta para que ele possa ser criopreservado? Qualquer amostra pode ser utilizada? Embora haja poucos impedimentos para a criopreservação, nem toda amostra é viável para o procedimento.  

O primeiro critério para que a amostra de sangue coletada siga para o processamento que antecede o congelamento é que ali haja a quantidade mínima de 500 milhões de células nucleadas. Assim, no momento da coleta quanto mais volume o colhedor conseguir coletar, melhor, já que a quantidade maior de células comprovadamente impacta na viabilidade da amostra e no sucesso do tratamento.  

Em média, são coletados 70 ml de sangue, feito tanto na placenta quanto no cordão umbilical, como já mencionamos. No entanto, caso haja algum impeditivo, a coleta pode ser feita só em um ou em outro.  

Além disso, algumas condições, no momento do parto, podem inviabilizar o uso da amostra de sangue para criopreservação. São elas:  

  • Idade gestacional inferior a 32 (trinta e duas) semanas; 
  • Presença de evidências clínicas, durante a gestação ou trabalho de parto, de processo infeccioso ou de doenças que possam interferir na vitalidade placentária; 
  • Trabalho de parto com relato de anormalidade.  

 

Situações que inviabilizam a utilização da amostra de sangue após a coleta 

 

As condições de armazenamento e, portanto também de transporte, são imprescindíveis para que o material coletado esteja em condições ideais para a criopreservação. Assim, algumas situações podem inviabilizar a utilização da amostra de sangue para o congelamento.  

Se a temperatura de acondicionamento durante o transporte da amostra de sangue estiver fora do recomendado, durante o transporte da unidade de sangue de cordão umbilical e placentário coletada até o Centro de Processamento Celular, o material perde sua viabilidade. A temperatura deve ser mantida sempre entre 2ºC e 24ºC positivos.  

O atraso no transporte também pode ser um impeditivo, pois o prazo entre o término da coleta e o início do processamento da unidade de sangue de cordão umbilical e placentário não deve exceder 48 horas. 

 

Por esses motivos, a escolha da empresa que irá fazer a criopreservação deve ser extremamente cautelosa. Além do atendimento humanizado e da excelência da equipe técnica, é imprescindível que a empresa conte com tecnologia de ponta e atenda aos mais rigorosos padrões de segurança e higiene. Conheça os critérios que você e sua família precisam levar em consideração na hora de escolher um fornecedor de criopreservação 

Por daniel.assuncao

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